Pesado era o ar
que ali se respirava. Tudo a sua volta estava impregnado de negatividades e o
fazia sentir-se como um ponto de luz na escuridão. Procurava a quem mandaram
ajudar. O cheiro pútrio daquele ambiente não abalava seus sentidos, mas faria
qualquer um revirar o estômago. Amontoados, jogados, os desvalidos de esperança
e dominados por sentimentos inferiores, abandonavam-se ali, naquele espaço.
Injúrias e xingamentos eram lançados em sua fronte, junto com quaisquer objetos
que pudesse ser arremessado contra aquela figura destoante do lugar. Ele não
pertencia a essa quinta e isso era claro.
Os cabelos negros
como a noite, a pele em bronze e as roupas claras. Acredito que mesmo vestido
com preto total, iluminaria um quarteirão e a quem pudesse sentir sua presença
como realmente deveria, trasbordaria paz contagiante.
ele andou até o
final daquele beco. Uma jovem, com a pele suja, cabelos desgrenhados e roupas
em farrapos levantou os olhos e mirou o jovem à sua frente. Lagrimas rolavam
pela face da garota. Ele estendeu sua mão a ela. A pequena mão suja agarrou a estendida,
como se fosse sua ultima chance de sair daquele pesadelo. Ela sairia...
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